RESUMO
Sem tempo? A Lili IA resume para você
Se você está indo para a Europa ou planejando sua viagem para lá, é fundamental entender o que é o Espaço Schengen e como ele pode afetar sua estadia no continente. Neste artigo, vamos explicar detalhadamente o que é o Espaço Schengen e por que os ítalo-brasileiros podem tirar proveito dele, indo além do turismo. Continue lendo para obter informações essenciais sobre essa área de livre circulação na Europa.
O que é o Espaço Schengen?
O Espaço Schengen é uma região composta por 26 países europeus que são signatários do Tratado de Schengen. Este tratado, celebrado em 1985, estabelece a abertura de fronteiras e a livre circulação de pessoas nos países que fazem parte deste espaço. Ao mesmo tempo, ocorre um reforço das fronteiras externas do Espaço Schengen para garantir a segurança.
Na prática, quando você entra em um país membro do Espaço Schengen, pode circular por outros países signatários sem passar por muitas burocracias. Não há controle de fronteiras ou alfândegas, e a apresentação do passaporte não é obrigatória ao se deslocar entre esses países.
O Tratado de Schengen foi assinado a bordo do navio Princesse Marie-Astrid, no rio Mosela, na vila de Schengen, localizada na tríplice fronteira entre Luxemburgo, França e Alemanha. Inicialmente, apenas Alemanha, França e os países do Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo) eram signatários. Com o tempo, o número de países aumentou para 26.
Quais Países são Signatários do Tratado de Schengen?
Dos 26 países que fazem parte do Espaço Schengen, 22 são membros da União Europeia, e quatro são da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA). É importante mencionar que mesmo entre os países signatários existem exceções, principalmente em territórios insulares. Abaixo está a lista dos países signatários do Tratado de Schengen:
- Alemanha (exceto o arquipélago de Heligolândia)
- Áustria
- Bélgica
- Dinamarca (exceto Groenlândia e Ilhas Faroé)
- Eslováquia
- Eslovênia
- Espanha
- Estônia
- Finlândia
- França (exceto territórios ultramarinos)
- Grécia (exceto Monte Athos)
- Hungria
- Islândia
- Itália (exceto Livigno, uma comuna isolada da Lombardia)
- Letônia
- Liechtenstein
- Lituânia
- Luxemburgo
- Malta
- Noruega (exceto o arquipélago de Svalbard)
- Países Baixos
- Polônia
- Portugal
- República Tcheca
- Suécia
- Suíça
Além disso, microestados como Mônaco, San Marino e Vaticano também fazem parte do Espaço Schengen. No entanto, em territórios como Guernsey, Ilha de Man, Jersey e territórios ultramarinos do Reino Unido, o acordo não é válido, embora estejam dentro da mesma área geográfica.
Países que Não Fazem Parte do Acordo de Schengen
Alguns países europeus não fazem parte do Acordo de Schengen devido a questões de segurança e controle de fronteiras. Esses países incluem:
- Albânia
- Andorra
- Bielorrússia
- Bósnia e Herzegovina
- Bulgária
- Cazaquistão
- Chipre
- Croácia
- Irlanda
- Moldávia
- Montenegro
- Macedônia do Norte
- Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte)
- Rússia
- Sérvia
- Turquia
- Ucrânia
Esses países ainda não atenderam aos requisitos de fronteiras e segurança necessários para fazer parte do acordo. É importante observar que o Reino Unido e a Irlanda têm seu próprio acordo chamado “Common Travel Area (CTA)”, que permite a livre circulação entre eles.
Regras para Transitar pelo Espaço Schengen
Embora o Espaço Schengen permita a livre circulação dentro dos países signatários, ainda existem regras gerais a serem seguidas para viajar pelo espaço. Aqui estão as principais delas:
- O período máximo de permanência sem visto em países do Espaço Schengen é de 90 dias em um período de 180 dias.
- É necessário possuir um seguro de viagem com cobertura mínima de 30 mil euros, válido em todos os países do Espaço Schengen.
- O passaporte deve ser emitido nos últimos 10 anos, com validade mínima de seis meses a partir da data de partida. Viajar com um passaporte perto do vencimento não é recomendado.
- Ao entrar no Espaço Schengen para fins de turismo, negócios ou trânsito, você deve apresentar comprovante de reserva em hotel ou uma carta-convite de um anfitrião. Além disso, é necessário ter uma passagem de retorno comprada.
- É preciso comprovar recursos financeiros de pelo menos 60 euros por pessoa por dia, com um mínimo de 600 euros, independentemente do período de estadia.
- Algumas nações do Espaço Schengen podem exigir seguro médico.
- Leve seu passaporte e outros documentos de identificação, ou cópias dos documentos permitidos para apresentação.
Lembre-se de verificar os requisitos específicos do país que você pretende visitar, pois cada nação pode ter regulamentos adicionais. Respeitar essas regras garantirá uma viagem tranquila pelo Espaço Schengen.
Cidadania Italiana e o Espaço Schengen
Para os ítalo-brasileiros que desejam obter o reconhecimento da cidadania italiana diretamente na Itália, o Espaço Schengen desempenha um papel fundamental. Durante os primeiros 90 dias em que você está na Itália aguardando o deferimento do pedido de cidadania italiana, você está sob a cobertura do Espaço Schengen, mesmo que esteja em outro país signatário.
No entanto, uma vez que o processo de cidadania italiana via comune pode levar mais tempo do que esses 90 dias, é necessário obter o “permesso di soggiorno in attesa della cittadinanza“. Esse documento permite que você permaneça no país enquanto seu processo de cidadania está em andamento. É importante destacar que, durante todo o processo, é obrigatório permanecer na Itália e ter residência legal estabelecida no país, mesmo durante os primeiros 90 dias sob a cobertura do Espaço Schengen.
Em resumo, o Espaço Schengen oferece muitos benefícios aos viajantes, incluindo os ítalo-brasileiros que buscam a cidadania italiana. No entanto, é essencial estar ciente das regras e regulamentos específicos de cada país e garantir que você esteja em conformidade durante sua estadia no continente europeu.