A Interpol afirmou que a cidadania italiana da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não impede sua inclusão nas listas internacionais de procurados. A declaração veio após questionamentos sobre a possibilidade de a parlamentar, que possui dupla nacionalidade, evitar investigações ou ordens de busca com base em sua ligação com a Itália.
Zambelli é alvo de investigação por supostos crimes relacionados à tentativa de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A inclusão de seu nome na lista da Interpol visa facilitar sua localização e eventual extradição, caso seja encontrada em países signatários dos acordos internacionais.
Segundo a Interpol, a nacionalidade de um indivíduo não impede sua inserção em alertas de difusão vermelha. “A nacionalidade italiana do indivíduo não é um impedimento para sua inserção na lista internacional de procurados. A Interpol atua com base em mandados de prisão e solicitações formais dos países membros”, afirmou um porta-voz da organização.
Especialistas em direito internacional reforçam que a cidadania de um país não oferece imunidade automática contra processos judiciais internacionais, especialmente quando há cooperação entre as autoridades policiais e judiciárias dos países envolvidos.
No caso de Zambelli, a Interpol informou que o processo seguirá os trâmites legais, com acompanhamento das autoridades brasileiras e italianas, a fim de garantir a legalidade e a colaboração entre os sistemas judiciais.
A situação evidencia o alcance da Interpol no combate a crimes transnacionais e reafirma que a cidadania estrangeira não funciona como escudo para evitar investigações e prisões com base em mandados internacionais.