A primeira-ministra Giorgia Meloni visitou na manhã desta terça-feira o Comando operativo di vertice interforze (COVI) e, por meio de uma videoconferência, dirigiu-se aos contingentes militares italianos empenhados nos teatros de operações internacionais para transmitir suas saudações de Natal e fazer considerações sobre o papel do governo nos cenários geopolíticos.
Em sua intervenção, Meloni afirmou que a Itália é escutada internacionalmente porque representa um país respeitado e forte. Segundo a chefe de governo, é justamente a combinação entre a força das Forças Armadas e a sua credibilidade que constitui o instrumento mais eficaz para prevenir e combater os conflitos.
“O diálogo, a diplomacia e as boas intenções certamente têm valor, mas precisam apoiar-se em bases sólidas”, declarou Meloni, ressaltando o papel concreto das forças militares na construção dessa solidez.
No discurso dirigido aos militares, a premiê recuperou uma referência histórica para explicar a sua visão estratégica: citou Publio Flavio Vegezio Renato e a máxima latina ‘Si vis pacem, para bellum’ (quem quer a paz, prepare-se para a guerra). Ela sublinhou que a frase não deve ser interpretada como um apelo belicista, mas sim como uma posição pragmática: somente uma força militar crível afasta a possibilidade de guerra.
Meloni explicou também a origem etimológica do conceito de dissuasão (deterrenza), lembrando que vem do latim de (afastamento) e terrere (assustar), ou seja, a ideia de incutir temor a ponto de dissuadir o agressor. “A dissuasão é, portanto, a capacidade de criar condições que tornem a agressão uma opção pouco atraente para um potencial atacante”, destacou.
Ao agradecer aos militares, a primeira-ministra atribuiu às unidades no exterior a construção dessas “bases sólidas”: “Vocês as constroem com sacrifício, competência, profissionalismo e coragem. Se conseguirmos restabelecer a paz — que é, evidentemente, o objetivo maior deste tempo — isso será graças a vocês”, declarou.
Meloni também recordou o papel ativo da Itália nas missões internacionais: afirmou que a nossa nação é o primeiro contribuidor europeu nas operações da ONU e da União Europeia, e o segundo no âmbito da OTAN. Mas alertou que não se trata apenas de números: “O ponto não é quantos homens ou mulheres são enviados, o ponto é o porquê. Este esforço que a Itália faz conta quem somos”, disse, ressaltando que o país é requisitado e valorizado em diversos contextos.
Em tom de reconhecimento institucional, Meloni concluiu a sua intervenção expressando gratidão em nome da “mãe-pátria”, a Itália, e reforçando a mensagem de que a credibilidade das Forças Armadas constitui a base para a diplomacia e para a manutenção da paz num mundo marcado por tensões.
Fonte: Il Giornale — https://www.ilgiornale.it/news/interni/litalia-ascoltata-perch-paese-autorevole-e-forte-2586759.html






























