Na manhã desta terça-feira, teve início oficialmente o conclave que escolherá o próximo Papa da Igreja Católica. Com a presença dos cardeais eleitores reunidos na Capela Sistina, o momento solene foi marcado por uma homilia incisiva: um dos cardeais presentes destacou, em tom de súplica e reflexão, que a Igreja precisa de um líder à altura dos desafios atuais, num tempo que classificou como “tão difícil e complexo da história”.
A declaração, feita durante a Missa “Pro Eligendo Pontifice”, ressaltou a urgência de um pontífice capaz de dialogar com um mundo em rápida transformação. “Vivemos uma época marcada por guerras, deslocamentos forçados, desigualdades crescentes e uma crise de fé que atinge muitas comunidades católicas. Precisamos de um pastor com discernimento, coragem e compaixão para guiar a Igreja nesse cenário”, disse o cardeal, cuja identidade não foi oficialmente divulgada no momento da celebração.
O conclave, evento cercado por sigilo absoluto, reúne 115 cardeais eleitores de diversas partes do mundo. Eles se encontram isolados do exterior e farão votações diárias até que um candidato alcance os dois terços necessários para ser eleito Papa.
A primeira votação está prevista para ocorrer por volta das 14h (horário de Brasília), após o tradicional juramento de sigilo. Caso não haja consenso nas primeiras votações, o ritmo de duas votações pela manhã e duas à tarde será mantido até que um nome surja como sucessor legítimo de São Pedro.
A expectativa em torno do novo Papa é alta, tanto dentro quanto fora dos muros do Vaticano. Fiéis aguardam com esperança por um pontífice que reforce o papel da Igreja como ponte de diálogo e esperança, especialmente diante dos conflitos geopolíticos, das divisões internas e da necessidade de reformas pastorais e administrativas.
O mundo acompanha, mais uma vez, um dos rituais mais emblemáticos da Igreja Católica, onde fé, tradição e política se entrelaçam na escolha de quem será o novo líder espiritual de mais de um bilhão de católicos. A qualquer momento, a fumaça branca poderá anunciar que o sucessor foi escolhido. Até lá, o mundo assiste — e reza.