Papa encerra audiências jubilares em São Pedro e convida à geração de esperança
Na última das audiências jubilares realizadas aos sábados desde janeiro, iniciadas pelo Papa Francisco, o pontífice presente em Praça São Pedro ressaltou que o Jubileu chega ao fim, mas que a esperança oferecida por este ano permanece viva entre os fiéis. Segundo suas palavras, permanecer peregrinos de esperança é condição essencial da vida cristã: sem esperança, afirmou, não há vida.
Durante o encontro, identificado como o último ciclo de audiências que acompanhou a Igreja ao longo do tempo jubilar, o pontífice — referido na ocasião como Papa Leone — destacou que a esperança tem caráter gerador. Em sua reflexão declarou que a esperança não mata, mas antes faz nascer e renascer; essa é a verdadeira força. Em contraste, advertiu, o que ameaça e mata não é força, mas prepotência, medo agressivo e o mal que não gera nada. A força de Deus, ao contrário, gera vida.
“Sperare è generare” — dito em tom de conclusão, lembrando que esperar é também capacidade de gerar
Outro ponto forte da mensagem foi a crítica à concentração da riqueza da terra nas mãos de poucos. O Papa observou que os bens do criado foram destinados a todos para que todos possam participar, e que a história atual mostra uma injusta concentração, frequentemente nas mãos de quem não escuta o gemido da terra e dos pobres. Reforçou que a missão dos cristãos é gerar, não roubar, e que mesmo diante do sofrimento o drama da criação e dos excluídos pode ser visto como um parto, porque Deus continua a gerar e criar.
Com o encerramento das audiências jubilares em Praça São Pedro, conclui-se um ciclo marcado por ampla participação, reflexões espirituais e apelos insistentes à misericórdia, à paz, à justiça social e à fraternidade entre os povos. Ao longo desses encontros, presididos sob a inspiração e as orientações de Papa Francisco, o convite constante foi viver o Jubileu não como ritual formal, mas como tempo de conversão pessoal e comunitária traduzido em gestos concretos de solidariedade para com os mais pobres e excluídos.
Temas recorrentes durante as audiências incluíram a necessidade de promover o diálogo entre as religiões, a responsabilidade dos cristãos diante das crises contemporâneas e a urgência de transformar sinais de fé em ações efetivas em favor da justiça social. O Papa sublinhou ainda que a história permanece nas mãos de Deus e daqueles que acreditam e esperam, e que ao lado de quem rouba e concentra, há também quem gera e constrói um futuro mais justo.
Ao encerrar a série de encontros, a mensagem central lançada aos presentes foi clara: o Jubileu pode ter um fim formal, mas a missão de ser construtor de esperança e testemunha de solidariedade deve prosseguir na vida cotidiana de todos os fiéis.






























