O deputado Christian Di Sanzo, eleito pelo Partido Democrata na América do Norte e Central, lançou um alerta sobre os impactos de uma nova lei aprovada pela Câmara dos Deputados que altera os procedimentos para pedidos de cidadania italiana feitos por cidadãos no exterior.
Segundo Di Sanzo, a iniciativa do governo Meloni representa um agravamento significativo das condições atuais para quem busca reconhecimento da cidadania italiana. “A nova lei é mais um ataque aos nossos concidadãos ao redor do mundo”, afirmou o parlamentar, acrescentando que a mudança poderá tornar os pedidos de cidadania ainda mais difíceis e demorados.
Atualmente, os pedidos de cidadania feitos no exterior devem ser concluídos em até dois anos pelos consulados locais. A proposta do governo previa duplicar esse prazo para quatro anos e centralizar todos os pedidos em um escritório em Roma, permitindo o envio apenas via correio, independentemente do país de residência do solicitante. “Isso representa uma forma real de dificultar ainda mais a vida dos italianos no exterior”, comentou Di Sanzo.
Durante o debate parlamentar, o deputado destacou que o Partido Democrata conseguiu limitar os efeitos negativos da lei. Graças a emendas propostas por Di Sanzo e seus colegas eleitos no exterior, o prazo máximo de processamento será três anos, e não quatro. Além disso, a implementação da lei foi adiada para 2028, permitindo que, até lá, os cidadãos ainda possam solicitar a cidadania diretamente nos consulados locais.
“Embora tenhamos conseguido reduzir os impactos mais severos, a situação ainda representa um agravamento em relação às normas atuais. É fundamental que os italianos no exterior fiquem atentos às mudanças e se preparem para os novos procedimentos”, alertou Di Sanzo.
A nova legislação reforça o debate sobre os direitos e facilidades concedidos aos cidadãos italianos fora do país, gerando preocupação entre as comunidades ítalo-descendentes espalhadas pelo mundo.