Itália e França celebram 4 anos do Tratado do Quirinal e consolidam parcerias estratégicas

Itália e França celebram quatro anos do Tratado do Quirinal com avanços concretos em energia, mobilidade, educação e cooperação bilateral estratégica.

RESUMO

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Quatro anos após a assinatura do Tratado do Quirinal, a cooperação entre Itália e França continua a se fortalecer em áreas estratégicas, da energia nuclear à mobilidade, das universidades ao setor financeiro. O anúncio da próxima cúpula intergovernamental, que será realizada na França na primavera de 2025, foi feito pelo embaixador francês na Itália, Martin Briens, durante os Diálogos Ítalo-Franceses para a Europa, promovidos pela Universidade Luiss Guido Carli em parceria com a Sciences Po.

A última cúpula intergovernamental entre os dois países havia ocorrido em junho passado no Palazzo Chigi, enquanto a anterior remontava a 2020 em Nápoles, sob o governo de Giuseppe Conte.

Severino: Tratado fundamental para crescimento e competitividade

Para Paola Severino, presidente da Faculdade de Direito da Luiss e membro do Comitê Ítalo-Francês que colaborou na formulação do Tratado, o acordo estruturou a relação entre “dois países que representam pilares da arquitetura europeia”.

“A colaboração bilateral não se manifestou apenas no âmbito diplomático, mas também se revelou um fator fundamental para o crescimento, a inovação e a competitividade do nosso continente”, afirmou Severino.

Parcerias concretas da energia à mobilidade

Durante os Diálogos Ítalo-Franceses, CEOs e presidentes de empresas destacaram a relevância das parcerias bilaterais para os negócios e para a agenda europeia.

Um exemplo é a empresa Newcleo, cujo CEO Stefano Buono falou sobre a colaboração na área nuclear. Ele destacou que, embora a França possua usinas nucleares, recentemente enfrentou instabilidade política e redução de apoio financeiro. Por outro lado, a Itália mantém estabilidade política, mas ainda não conta com energia nuclear, criando uma assimetria que estimula troca de conhecimento.

Além da energia nuclear, os setores de energia elétrica, mobilidade, infraestrutura, bancos e universidades foram citados como áreas em que o Tratado promove parcerias estratégicas e resultados concretos.

D’Alessandro: resultados operacionais e cooperação prática

A embaixadora italiana na França, Emanuela D’Alessandro, também destacou os resultados tangíveis do Tratado do Quirinal:

“Quatro anos após a assinatura, vemos um forte impacto nas principais questões da agenda europeia. Nosso esforço bilateral é inspirado por uma abordagem pragmática, visando resultados operacionais concretos, como a Coligação Europeia contra as Drogas e o Comité de Cooperação Transfronteiriça, copresidido pelos ministros dos dois países e considerado um instrumento multinível efetivo.”

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