RESUMO
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A greve geral convocada pela CGIL ganhou força em diversas cidades italianas nesta sexta-feira, com atos que expressam a insatisfação crescente de categorias trabalhistas diante do projeto de lei orçamentária apresentado pelo governo Meloni. Em Gênova, capital da Ligúria, aproximadamente 5.000 pessoas foram às ruas pela manhã, compondo uma passeata que refletiu a amplitude e a diversidade do movimento sindical. Já em Palermo, na Sicília, os trabalhadores da Almaviva marcaram presença na linha de frente, simbolizando a tensão vivida por setores diretamente afetados por mudanças estruturais no mercado de trabalho.
Gênova: 5.000 vozes contra a lei orçamentária
A marcha em Gênova percorreu as principais artérias da cidade, reunindo funcionários públicos, metalúrgicos, professores, trabalhadores portuários e representantes de diversas entidades civis. Cartazes, bandeiras vermelhas e palavras de ordem dominavam o centro urbano desde as primeiras horas da manhã.
O alvo das críticas foi o projeto de lei orçamentária 2025 do governo liderado por Giorgia Meloni, considerado pela CGIL como insuficiente para enfrentar problemas históricos relacionados a salários, previdência, serviços públicos e proteção social.
Entre os temas mais citados pelos manifestantes estavam:
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o aumento do custo de vida sem contrapartidas salariais;
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cortes percebidos na saúde e na educação;
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incertezas quanto à previdência;
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a falta de políticas sólidas para emprego juvenil e industrialização.
Dirigentes sindicais destacaram que a manifestação em Gênova foi “uma resposta clara de que o mundo do trabalho não aceita retrocessos”, reforçando a necessidade de diálogo com o governo.
Palermo: Almaviva abre a passeata
Em Palermo, o ato ganhou um tom particular com a presença destacada dos trabalhadores da Almaviva, empresa de contact center que vive ciclos recorrentes de incerteza trabalhista. A categoria, já conhecida por suas mobilizações nos últimos anos, voltou a ocupar o centro das reivindicações, apontando riscos de precarização, redução de salários e deslocamento de atividades.
A marcha siciliana, embora menor em número comparada à de Gênova, foi marcada por forte simbolismo. A presença dos funcionários da Almaviva na primeira fila destacou a preocupação com a estabilidade do setor de serviços e com os impactos regionais de políticas orçamentárias consideradas insuficientes para proteger empregos no sul do país.
A greve geral da CGIL mobilizou dezenas de cidades italianas e foi acompanhada por paralisações parciais e totais em diferentes setores. O sindicato argumenta que o projeto orçamentário do governo Meloni “não responde às necessidades reais dos trabalhadores e das famílias”.
Por sua vez, o governo defende que a proposta é equilibrada e compatível com exigências fiscais e metas de estabilidade econômica.
O embate deve continuar nas próximas semanas, com possíveis novas mobilizações, encontros entre sindicatos e governo e debates no Parlamento.






























