RESUMO
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Em meio à cúpula da OTAN em Haia, Giuseppe Conte, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), declarou que elevar os gastos militares italianos para 5% do PIB seria um “suicídio econômico, político e social”. A afirmação foi feita durante os preparativos para a reunião dos 32 chefes de Estado e governo da aliança militar, marcada para ocorrer nesta noite e amanhã.
Conte enfatizou que, para a Itália, um aumento desse porte traria um impacto desastroso ao orçamento nacional, já pressionado por uma dívida pública que ultrapassa 130% do PIB. Segundo o líder político, elevar os gastos militares não é apenas uma questão econômica, mas também um desafio político que pode gerar instabilidade social. “Não podemos sacrificar áreas essenciais da sociedade para cumprir metas orçamentárias que não refletem nossa realidade”, afirmou.
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Na cúpula, espera-se que os aliados concordem com a meta de aumentar os investimentos em defesa para 5% do PIB até 2035, uma exigência pressionada especialmente pelos Estados Unidos. Entretanto, países como Itália e Espanha ainda estão longe da meta inicial de 2% estabelecida em 2014, o que gera resistências diante dos desafios econômicos locais.
A posição de Conte reflete um sentimento crescente em parte da Europa, onde o equilíbrio entre segurança e sustentabilidade financeira está no centro do debate. Para ele, o custo dessa medida não deve recair sobre o cidadão comum, e sim ser discutido à luz das prioridades nacionais e sociais.
A cúpula da OTAN em Haia será decisiva para definir como cada país vai se posicionar em relação a essas metas, que têm gerado tensões internas em vários aliados, especialmente naqueles com orçamentos já bastante comprometidos.