A Interpol afirmou que a cidadania italiana não impede a inclusão do empresário brasileiro André Zambelli em suas listas internacionais de procurados. A informação foi divulgada após questionamentos sobre a possibilidade de Zambelli, que possui dupla nacionalidade, evitar a busca devido à sua ligação com a Itália.
Zambelli é alvo de investigação por supostos crimes financeiros no Brasil, e sua inclusão na lista da Interpol visa facilitar sua localização e eventual extradição, caso seja encontrado em países signatários do acordo internacional. A dualidade da cidadania, segundo a Interpol, não é um fator que inviabilize o processo.
“A nacionalidade italiana do indivíduo não é um impedimento para sua inserção na lista internacional de procurados. A Interpol atua com base em mandados de prisão e solicitações formais dos países membros”, afirmou um porta-voz da organização.
Especialistas destacam que a cidadania de um país não garante imunidade contra processos judiciais internacionais, especialmente em casos de cooperação entre autoridades policiais e judiciárias. A inclusão na lista da Interpol permite que agentes de diferentes nações colaborem na busca e captura de suspeitos.
No caso de Zambelli, a Interpol reforçou que o processo seguirá conforme os trâmites legais previstos, com acompanhamento próximo das autoridades brasileiras e italianas, a fim de garantir o cumprimento das leis e a cooperação entre os países envolvidos.
A situação evidencia o alcance e a importância da Interpol no combate a crimes que ultrapassam fronteiras, reforçando que a cidadania não é um escudo para evitar investigações e prisões quando há mandados internacionais.