A Europa acompanha de perto o apagão que atingiu a Espanha e Portugal, com possíveis reflexos também na França e, de forma não confirmada, na Alemanha e no Marrocos. Segundo as primeiras informações, as causas do colapso elétrico ainda não estão esclarecidas. Entre as hipóteses consideradas estão um possível ataque cibernético, investigado pelo Instituto Nacional de Cibersegurança Espanhol (Incibe) e pelo Comando Conjunto do Ciberespaço, ou um incêndio que teria danificado linhas de alta tensão no sul da França.
Gianclaudio Torlizzi, conselheiro do Ministro da Defesa italiano e fundador da T-Commodity, levantou críticas às energias renováveis, sugerindo que a forte dependência dessas fontes pode ter contribuído para a instabilidade da rede elétrica.
Enquanto isso, a Terna, responsável pela gestão da rede italiana, tranquilizou a população afirmando que “não há problemas operacionais críticos” na Itália.
Ações da Farnesina e alerta para viajantes
A Farnesina, por meio de suas embaixadas na Espanha e em Portugal, emitiu recomendações para que os cidadãos italianos permaneçam em casa ou em locais seguros e evitem deslocamentos. O ministro Antonio Tajani, que se encontra em Valência, acompanha a situação de perto em contato direto com a rede diplomática italiana.
Cancelamentos e reembolsos: o posicionamento da Codacons
Devido aos efeitos diretos do apagão — com transportes ferroviários e metroviários paralisados, aeroportos enfrentando atrasos e comunicações comprometidas — a Codacons orientou os viajantes italianos que tinham passagens para Espanha ou Portugal para o feriado do 1º de maio a solicitarem o cancelamento das viagens sem qualquer penalidade.
“Os consumidores têm direito ao reembolso integral dos valores pagos, pois a situação compromete gravemente o usufruto dos serviços contratados”, explicou Carlo Rienzi, presidente da entidade. Ele ainda orientou que, alternativamente, sejam considerados destinos de viagem menos afetados.
Apoio da União Europeia
A Comissão Europeia declarou estar pronta para fornecer suporte técnico a Espanha e Portugal para a restauração de seus sistemas de transmissão elétrica. O incidente acendeu discussões sobre a vulnerabilidade das redes energéticas europeias e a necessidade de investimentos em segurança cibernética e na modernização da infraestrutura.



























É preocupante ver como um apagão dessa magnitude pode impactar tantos países simultaneamente. As suspeitas de um ataque cibernético mostram que, além da infraestrutura física, nossa rede elétrica precisa urgentemente de proteção contra ameaças digitais. Espero que a colaboração europeia seja eficiente para evitar futuros incidentes.