RESUMO
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Em uma cerimônia comovente, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão aos italianos pelos massacres perpetrados pelas tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O evento, que marcou o 80º aniversário do massacre de Monte Sole, ocorreu em Marzabotto, uma das localidades mais afetadas pela brutalidade nazista, onde cerca de 1.830 pessoas, incluindo civis e guerrilheiros, foram assassinadas.
Durante seu discurso, Steinmeier expressou sua “dor e vergonha”, enfatizando a necessidade de reconhecer os horrores do passado. “Estou aqui diante de vocês como presidente federal alemão e sinto apenas dor e vergonha. Me curvo aos mortos hoje”, afirmou, refletindo sobre o sofrimento infligido em localidades como Fosse Ardeatine, Sant’Anna di Stazzema e Civitella, onde crimes desumanos foram cometidos cegos pelo ódio e fanatismo.
O presidente alemão aproveitou a ocasião para emitir um alerta sobre o ressurgimento de forças nacionalistas e de extrema direita na Europa, que, segundo ele, ameaçam os princípios democráticos fundamentais. “Essas forças pretendem enfraquecer ou minar a democracia, precisamente no meu país. Isso me preocupa, mas também me dá determinação”, afirmou Steinmeier, destacando a responsabilidade da Alemanha em preservar os valores democráticos.
Steinmeier enfatizou que o imperativo moral de “nunca mais” deve guiar a sociedade, tanto no presente quanto no futuro. “É ao mesmo tempo um aviso e uma missão. Como presidente federal alemão, prometo: farei tudo para que nós, alemães, honremos esta responsabilidade e o dom da reconciliação”, assegurou.
A cerimônia, que também contou com a presença do presidente italiano Sergio Mattarella, não foi apenas uma homenagem às vítimas, mas também um apelo à ação coletiva contra o extremismo e a intolerância. Steinmeier concluiu seu discurso afirmando que a luta pela reconciliação e pela preservação da memória histórica é uma responsabilidade compartilhada, que deve ser levada a sério todos os dias.
Com este pedido de perdão, a Alemanha busca não apenas reconhecer seu passado, mas também reforçar seu compromisso com a paz e a unidade na Europa, enfatizando que a memória dos eventos trágicos da história deve servir como um guia para as gerações futuras.