RESUMO
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A história da língua italiana é uma jornada fascinante, que nos leva dos primórdios à atualidade, passando por uma série de mudanças e influências. A língua italiana, como a conhecemos hoje, é o resultado de séculos de evolução, mistura de dialetos locais e influências de diversas culturas. Neste artigo, exploraremos essa trajetória de desenvolvimento, destacando as principais fases e influências ao longo do tempo.
Os Primórdios
A história da língua italiana começa por volta de 800 a.C., em uma região que corresponde à atual Itália e Córsega. Nessa época, diversas tribos habitavam a região, cada uma com sua própria língua. Entre essas tribos, destacam-se os etruscos na região central, os gregos no sul da península e na Sicília, e os celtas no norte da Itália. Essa diversidade linguística era característica da região.
A Fundação de Roma
A fundação de Roma em 753 a.C. pelos etruscos, sabinos e romanos marcou um ponto de virada na região. Isso deu início a uma série de guerras de conquista que se espalharam por toda a península italiana e além. Os romanos rapidamente conquistaram vastas regiões, criando o Império Romano, que abrangia a maior parte da Europa ocidental, o norte da África, a Inglaterra, a Armênia e a Arábia. Com isso, o latim, a língua falada pelos romanos, se espalhou por muitas regiões.
A Mistura de Idiomas
As conquistas romanas resultaram em uma verdadeira mistura de idiomas na Itália, com mais de mil línguas diferentes coexistindo na região. Os povos germânicos, lombardos, francos e outros conquistadores também trouxeram suas próprias línguas, que se mesclaram com o latim. Além disso, durante a Idade Média, o italiano emprestou palavras do francês medieval.
A Fragmentação da Língua
Entre os séculos III e V d.C., com o declínio do Império Romano, a língua falada começou a se diferenciar do latim clássico. Isso levou ao surgimento de idiomas na Europa Ocidental, como o latim-espanhol na Espanha, o franco-latino na França e o anglo-latino na Grã-Bretanha. Com as invasões bárbaras após a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C., a fragmentação linguística na Itália se tornou definitiva. Palavras de origem lombarda, por exemplo, foram incorporadas à língua italiana.
As Origens e o Século XIII (Il Duecento)
No início do segundo milênio, a língua italiana começou a aparecer em documentos escritos. Os placiti de Cassino, datados de 960 d.C., são os primeiros exemplos escritos da língua vulgar. Na literatura, o famoso “Cântico das Criaturas” de São Francisco de Assis, escrito em italiano vulgar da Úmbria, data dessa época.
O Século XIV (Il Trecento)
O século XIV foi marcado por um renascimento literário, com escritores como Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio. Dante é conhecido por sua “Divina Comédia”, enquanto Petrarca é famoso por seus sonetos de amor por Laura. Esses escritores tiveram grande influência na língua italiana e na literatura.
O Século XV (Il Quattrocento)
Neste período, os humanistas redescobriram textos clássicos gregos e latinos, influenciando a língua italiana e promovendo a escrita em latim. No entanto, a língua italiana também começou a ganhar espaço na literatura, especialmente com a ascensão de escritores toscanos.
O Século XVI (Il Cinquecento)
O século XVI testemunhou um debate sobre qual variedade de italiano deveria ser usada na literatura. A proposta de usar o toscano florentino, influenciada pelos escritores do século XIV, acabou prevalecendo. Nesse período, a ortografia ainda era influenciada pelo latim, mas a pontuação tornou-se mais regular.
O Século XVII (Il Seicento)
No século XVII, a língua italiana passou por inovações linguísticas. A necessidade de impressionar os leitores levou os escritores a criar novas palavras e expressões. A Accademia della Crusca, a autoridade na língua italiana, publicou seu primeiro vocabulário em 1612.
O Século XVIII (Il Settecento)
O Iluminismo difundiu-se e o culto à razão tornou-se dominante. Os Iluministas promoveram a utilidade do conteúdo sobre a elegância da forma na escrita. A influência da cultura iluminista francesa resultou na incorporação de muitos termos franceses ao italiano.
O Século XIX (L’Ottocento)
O século XIX foi marcado pela controvérsia entre classicistas e românticos. Os românticos buscavam uma linguagem moderna e flexível, enquanto os classicistas queriam manter as tradições. A unificação linguística da península italiana começou nesse período.
Língua Italiana e o Fascismo
Durante o regime fascista de Mussolini, o governo impôs o uso exclusivo do italiano em toda a Itália. Todas as minorias linguísticas foram perseguidas, e palavras “exóticas” foram removidas do vocabulário.
O Século XX (Il Novecento)
No século XX, o italiano finalmente prevaleceu sobre os dialetos, principalmente devido à educação em massa e ao papel da rádio e da televisão. O século também viu a influência massiva de anglicismos, especialmente em campos científicos e tecnológicos.
Nos Dias Atuais
Hoje, o italiano ocupa a quarta posição entre as línguas mais estudadas do mundo, com milhões de estudantes no exterior. A língua italiana é associada a áreas como literatura, história, moda e gastronomia, representando excelência, beleza e bom gosto.
Em suma, a história da língua italiana é uma narrativa de transformação e influências ao longo dos séculos, moldando-a na língua rica e expressiva que é hoje. A língua italiana é um reflexo da rica herança cultural da Itália e continua a evoluir à medida que o mundo moderno avança.