A partir de 1º de novembro, entra em vigor o novo decreto que revisa as taxas pagas aos examinadores de direção na Itália. A medida altera diretamente os custos para quem deseja obter a carteira de habilitação (patente B), e também traz mudanças nas horas obrigatórias de aulas práticas a partir de 2026.
Mudanças nas taxas a partir de novembro
De acordo com o Ministério das Infraestruturas e Transportes (MIT), a remuneração dos examinadores passará a ser fixa, estabelecida em €275 por missão, sendo €100 de reembolso de despesas e €175 por horas extras.
Até agora, o valor variava conforme a distância percorrida pelo examinador até o local da prova, o que gerava diferenças significativas entre regiões.
Segundo estimativas das autoescolas, o aumento médio por candidato será de €10 a €15, considerando que cada sessão de exame costuma atender de seis a sete pessoas. Na prática, a partir de novembro, o custo do exame será o mesmo em todo o país e esse acréscimo será repassado diretamente ao aluno.
Novas horas obrigatórias de direção a partir de 2026
Além do aumento no valor do exame, a nova legislação também prevê mais horas obrigatórias de aulas práticas com instrutor credenciado.
Atualmente, quem deseja a patente B deve cumprir 6 horas de direção obrigatória, distribuídas da seguinte forma:
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2 horas em rodovias ou vias rápidas;
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2 horas em estradas secundárias;
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2 horas em condições noturnas (entre 22h e 5h).
Com a reforma do Código de Trânsito, aprovada em 14 de dezembro de 2024, o número de horas obrigatórias será elevado para 8 horas a partir de janeiro de 2026 (data exata ainda a ser definida por decreto).
Como cada hora de aula custa em média entre €40 e €60, o aumento de duas horas representa um acréscimo de €80 a €120 no custo total. Assim, o valor das aulas obrigatórias passará de cerca de €300 para mais de €400 apenas nessa etapa.
Quanto custa hoje e quanto custará amanhã
Atualmente, o custo total para obter a patente B (incluindo inscrição, taxas administrativas, curso teórico, exame médico e aulas práticas) varia entre €500 e €1.000, podendo chegar a €1.200 nas grandes cidades.
Com os novos reajustes, espera-se:
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Um aumento imediato de €10 a €15 a partir de novembro, devido à nova taxa de exame;
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Um acréscimo de €80 a €120 quando as novas horas obrigatórias entrarem em vigor em 2026.
No total, o custo poderá ultrapassar facilmente €1.100 a €1.300, dependendo da cidade e do pacote escolhido pela autoescola.
Motivações e reações do setor
Segundo o MIT, as mudanças visam uniformizar os custos e simplificar os procedimentos, além de elevar o nível de preparo dos novos condutores.
As reações, contudo, são divididas:
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A UNASCA (União Nacional das Autoescolas) acredita que o impacto será limitado, pois muitos alunos já realizam entre 10 e 15 horas de prática, mesmo que apenas 6 sejam obrigatórias.
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Já a CONFARCA considera que o aumento é insuficiente e defende 12 horas obrigatórias para garantir uma formação mais segura.
Alguns candidatos e instrutores, porém, alertam que o acréscimo ocorre num contexto em que os custos já são elevados e desiguais entre regiões especialmente entre grandes centros e cidades pequenas.
Como reduzir o impacto no bolso
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Informe-se com antecedência: consulte sua autoescola para verificar os valores atualizados e possíveis promoções.
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Antecipe sua inscrição: quem conseguir concluir o processo até dezembro de 2025 evitará o aumento das horas obrigatórias.
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Compare preços entre autoescolas e pacotes promocionais.
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Prepare-se bem para o exame: reprovações implicam custos adicionais.
Contexto europeu e o futuro das habilitações
Além das mudanças nacionais, a União Europeia discute uma reforma geral das carteiras de motorista, com propostas como a habilitação a partir dos 17 anos e novas regras de renovação.
Embora ainda não aplicáveis à Itália, essas diretrizes apontam para uma tendência de exigências mais rigorosas e custos crescentes para motoristas em formação.
Enquanto isso, os candidatos italianos precisarão se preparar para encarar aumento de despesas e novos padrões de qualificação já nos próximos meses.































