Registro de Filhos Menores: Comunicados se repetem, mas problema de agendamento persiste

Vagas do Prenot@mi se esgotam em minutos e deixam famílias sem acesso ao registro de filhos, apesar das promessas do Consulado Italiano.

RESUMO

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O Consulado Geral da Itália anunciou ontem (01/09) a abertura de novas vagas no sistema Prenot@mi para o registro de filhos menores de cidadãos italianos que se enquadram na modalidade “por benefício de lei”. Segundo o comunicado, o calendário será disponibilizado em diferentes etapas “até que todos tenham tido a oportunidade de se agendar”.

Apesar do anúncio, o clima entre os interessados continua sendo de frustração. Diversas famílias relatam que, mesmo acompanhando os avisos oficiais e acessando o sistema no momento exato da liberação, não conseguem concluir a reserva. As vagas, como de costume, se esgotam em poucos minutos, deixando centenas de pais e mães sem perspectivas de quando efetivamente conseguirão registrar seus filhos.

O comunicado também reforça uma série de exigências burocráticas para o processo: os dois genitores devem estar presentes no dia agendado, o pagamento da taxa consular deve ser efetivado previamente e constar de forma inequívoca em nome do menor, além da necessidade de trazer cópias das certidões e formulários preenchidos corretamente. Os menores, por sua vez, não precisam comparecer.

Ainda que o consulado destaque a abertura de novos calendários como uma solução contínua, a prática mostra o contrário: a demanda segue muito superior à oferta de vagas, e a promessa de que “todos terão oportunidade” parece cada vez mais distante da realidade.

“É sempre a mesma coisa: eles avisam, a gente tenta marcar e não consegue. É frustrante, porque se trata de um direito dos nossos filhos, não um privilégio”, comenta a mãe Amanda Zannoti.

Enquanto isso, a recomendação oficial permanece a mesma de meses anteriores: “aguardar a próxima abertura de vagas”. A resposta soa como um alívio indefinidamente adiado, repetindo o mesmo roteiro enfrentado por quem também não consegue agendar a emissão do primeiro passaporte.

A insatisfação cresce e reforça um cenário já conhecido: comunicados pontuais não têm sido suficientes para solucionar o gargalo de agendamentos, e a distância entre o discurso oficial e a experiência prática dos cidadãos permanece cada vez mais evidente.