O presidente ucraniano Zelensky deve encontrar-se no fim de semana com o presidente dos Estados Unidos, Trump, possivelmente em Mar-a-Lago, na Flórida, em um encontro que fontes diplomáticas e do governo ucraniano já apontam como indicativo de progressos nos esforços por um plano de paz. A data provisória citada é 28 de dezembro, desde que as agendas consigam ser alinhadas.
Segundo o assessor principal de Zelensky, Mykhailo Podolyak, pelo menos quatro países europeus — França, Alemanha, Turquia e Reino Unido — estão prontos para enviar tropas ao território ucraniano quando o conflito terminar, com o objetivo de atuar como contingente de forças de paz e dissuadir novas investidas russas. Podolyak afirmou que a Ucrânia não assumirá sozinha o peso da segurança pós-conflito e que outros aliados ainda avaliam a participação.
Apesar das conversas exploratórias, pontos centrais das negociações permanecem sem solução, em especial as garantias de segurança para a Ucrânia, o controle sobre territórios e os compromissos legais que seriam exigidos da Rússia.
No terreno, o Ministério da Defesa russo afirmou ter tomado o povoado de Kosivtsevo, na região de Zaporizhzhia. A nota do ministério foi divulgada por veículos russos, que relataram a chamada “libertação” da localidade por tropas russas.
Do lado ucraniano, as defesas aéreas informaram ter abatido ou neutralizado 73 drones, em sua maioria do tipo Shahed, de um total de ao menos 99 lançados durante a noite por forças russas sobre o território ucraniano. As autoridades também relatam a interceptação de um míssil balístico Iskander-M. De acordo com comunicados, 26 drones chegaram a atingir alvos em 16 localidades diferentes, causando danos ainda em apuração.
Em um episódio relatado pelas autoridades russas, o Serviço Federal de Segurança (FSB) anunciou ter evitado um atentado contra um militar em Stavropol, no sul da Rússia. Foi presa uma jovem identificada como cidadã russa, nascida em 2007 e residente no Território de Krasnodar, acusada de agir sob ordens de serviços especiais ucranianos. O FSB afirmou que a suspeita teria sido convencida por meio de golpes telefônicos a colocar um artefato explosivo improvisado, equivalente a 400 gramas de TNT, em um veículo próximo a uma unidade militar.
Houve ainda relatos de um ataque por drones russos contra uma infraestrutura não especificada em Odessa, conforme veículos ucranianos e fontes locais. As circunstâncias e extensão dos danos seguem sendo verificadas pelas autoridades.
Analistas e diplomatas alertam que, mesmo com a possibilidade de encontros de alto nível — como o previsto entre Zelensky e Trump —, as negociações exigirão decisões concretas sobre soberania territorial, mecanismos de verificação e garantias jurídicas para qualquer acordo duradouro. O desenrolar dessas iniciativas nas próximas semanas poderá definir passos cruciais antes do Ano Novo.


























