Torino permanece em estado de máxima atenção após o sgombero, após 30 anos, do centro sociale Askatasuna. Na tarde desta quinta-feira, por volta das 15h30, um corteo saiu da Universidade em direção ao centro da cidade reunindo cerca de duas mil pessoas, entre jovens, famílias e delegações de outras cidades.
Os manifestantes cantaram: “questo governo militare ha paura di noi, avanti fino alla vittoria, sempre dalla parte dell’Askatasuna” e gritaram slogans come “Askatasuna vuol dire libertà, nessuno ci fermerà” e “guai a chi ci tocca”. À frente do cortejo, um grande estandarte declarava: “Torino partigiana, que viva Askatasuna”. Havia muitas bandeiras No Tav e da Palestina, além de delegações provenientes de cidades como Milão, Gênova e do Nordeste da Itália. No protesto também estavam famílias residentes no bairro Vanchiglia e crianças que seguravam um cartaz com as impressões de suas mãos. Entre os presentes, figurou a líder do grupo regional do Avs no Conselho, Alice Ravinale.
Em entrevista ao jornal Libero, o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, comentou as razões pela ação policial e reafirmou a linha dura do Governo: durante uma perquisizione ordenada pela magistratura, a polícia identificou pessoas que haviam ocupado ilegalmente os andares superiores do edifício — setores que estavam declarados inabitáveis desde 2023. Segundo Piantedosi, essa ocupação representou uma violação dos acordos firmados entre o centro sociale e o Comune di Torino. Diante da quebra do acordo, a administração municipal revogou a autorização para ocupação, o que levou as forze di polizia a liberarem o imóvel.
O ministro acrescentou que, ao mesmo tempo, os acessos ao prédio foram murados para prevenir uma nova entrada e ocupação. Reforçando a estratégia adotada, Piantedosi afirmou que adotaram como regra a prática de sgomberare dentro de 24 horas sempre que se verifica uma nova occupazione abusiva: “come regola ci siamo dati sin dall’inizio quella di sgomberare entro 24 ore ogni edificio oggetto di nuove occupazioni abusive”.
Piantedosi também explicou que as ocupações mais antigas estão sendo affrontadas progressivamente, segundo a calendarização definida pelas prefetture em todo o território nacional. “Molti sono stati gli sgomberi effettuati e molti altri confidiamo di farne”, disse, reiterando ainda que está nos planos do Governo promover o sgombero de um imóvel ocupado pelo movimento CasaPound, medida que remete à sua atuação anterior como prefeito em Roma ao incluir esse imóvel na lista para desocupação.
Sobre segurança mais ampla, o ministro ressaltou dados que apontam para queda nos delitos, redução nas chegadas por via marítima e aumento nos repatriamentos de irregulares. A respeito de um caso específico — a revogação da expulsão de um imam de Torino — Piantedosi garantiu que o Ministério do Interior recorrerá da decisão judicial para buscar o repatriamento de “um soggetto ritenuto pericoloso”, afirmando que o Viminale age para defender a segurança do Estado contra derivações extremistas.
Fonte: RAI News — https://www.rainews.it/articoli/2025/12/sgombero-askatasuna-corteo-e-citta-blindata-torino-59d511e2-d1c6-459a-8a87-43b1fb103f56.html


























