Tajani confirma recandidatura à liderança do Forza Italia e defende renovação interna
Em entrevista ao Tg2Post, o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, anunciou que pretende permanecer à frente do Forza Italia e que vai apresentar sua candidatura à liderança do partido. “Io mi ricandiderò“, declarou Tajani, reafirmando a intenção de seguir na direção do partido em um momento em que discussões sobre renovação ganham espaço na mídia.
Tajani descartou a hipótese de abrir mão do cargo para favorecer nomes mais jovens e explicou que passará pelo processo de renovação do partido participando ativamente dos encontros internos: a última parte de 2025 e o início de 2026 serão dedicados aos congressos regionais, seguidos por um congresso nacional no começo do próximo ano. Para ele, essa agenda é a forma adequada de concretizar a mudança geracional e estrutural dentro do partido.
Ao comentar a sugestão pública de renovamento feita por Pier Silvio Berlusconi, Tajani foi direto: a diplomacia política não cabe ao empresário, e a decisão de entrar na atividade política pertence aos interessados. Questionado sobre a possibilidade de uma entrada de membros da família Berlusconi na política, como Marina ou Pier Silvio, Tajani afirmou que, caso decidam assumir um papel ativo, terão o apoio do partido. “Se eles quiserem fazer política, muito bem. Sempre disseram que não; é uma escolha que devem tomar eles mesmos”, disse o dirigente.
Para o líder de Forza Italia, negar a necessidade de renovação é inaceitável. Ainda assim, ele defende que o processo já está em andamento: “O renovamento começou há algum tempo. O primeiro passo foi eleger os dirigentes pela base. Agora começam os congressos regionais e, no início do ano que vem, faremos o congresso nacional”.
Tajani destacou que a renovação mais relevante é institucional: transformar o partido em uma formação sólida, que se mantenha fiel às ideias de Silvio Berlusconi e que escolha seus líderes internamente por meio de votos e procedimentos democráticos. Esse enfoque, segundo ele, garantirá continuidade política e coerência ideológica, ao mesmo tempo em que abre espaço para novas lideranças que venham a se afirmar na base.
A declaração reafirma a estratégia de Tajani de combinar estabilidade de comando com mecanismos formais de renovação interna, buscando evitar rupturas públicas e pressões externas. A presença de congressos regionais e do congresso nacional aparece como a via institucional preferida para acomodar aspirações de mudança sem sacrificar a unidade partidária.
Contexto: A entrevista ocorre em um momento de debate sobre o futuro do centro-direita italiano e sobre o papel que a segunda geração de empresários e familiares de figuras históricas do partido poderá desempenhar. Tajani opta por um tom conciliador: aposta na participação voluntária de eventuais novos candidatos e na legitimidade das decisões coletivas do partido.
Fonte: AGI – notícia original































