Em seu tradicional discurso de fim de ano, o Presidente da República, Sergio Mattarella, fez um balanço histórico do papel da Itália democrática na reconstrução europeia no pós-guerra. Segundo Mattarella, a jovem democracia italiana, nascida após o conflito, mostrou-se dinâmica, enraizada e aberta ao diálogo internacional desde seus primeiros passos.
O chefe de Estado recordou imagens emblemáticas, como a assinatura dos Tratados de Roma, em 1957, que representam um momento decisivo para o país e para a construção de uma nova Europa. Para Mattarella, aquelas cenas simbolizam não apenas um sucesso diplomático, mas também a posição de destaque assumida pela Itália na edificação das bases do projeto comunitário.
Na avaliação do Presidente, dois elementos foram fundamentais para a recuperação e a afirmação internacional da Itália no pós-guerra: a integração europeia e as relações transatlânticas. O Plano Marshall, lembrou Mattarella, e o processo de união continental delineado pelos Tratados contribuíram de maneira decisiva para a reconstrução material e institucional do país.
Mattarella enfatizou ainda que a União Europeia e a Aliança Atlântica (Otan) constituem, de forma coerente, as coordenadas centrais da ação externa italiana. A cooperação europeia e os vínculos com os parceiros transatlânticos, segundo o presidente, permanecem pilares da política internacional de Roma e referências indispensáveis nas decisões de Estado.
O discurso reafirma uma narrativa de continuidade: a Itália, embora marcada por desafios internos e externos, mantém-se comprometida com valores democráticos e com a construção de respostas conjuntas a problemas globais. Ao revisitar marcos históricos como os Tratados de Roma e o Plano Marshall, Mattarella procurou conectar o passado de reconstrução com a necessidade atual de reforçar alianças e apostar na cooperação multilateral.
Com tom de análise histórica e apelando à unidade, o Presidente concluiu ressaltando que a participação ativa da Itália na cena internacional — dentro da União Europeia e da Aliança Atlântica — continua a ser a via escolhida para garantir segurança, prosperidade e protagonismo em um mundo em rápidas transformações.































