Roma, 18 de dezembro de 2025 — Em informativa urgente à Câmara dos Deputados sobre as novas modalidades de acesso aos cursos de Medicina, Odontologia e Medicina Veterinária, a ministra da Universidade e Pesquisa, Anna Maria Bernini, afirmou com veemência que nenhum candidato será excluído do processo e que não haverá perda de ano letivo.
Segundo a ministra, o antigo sistema de ingresso era um “sistema iníquo” e “classista“. “Este governo e esta maioria compreenderam que, após 25 anos, não era oportuno continuar como estava: era do dever do Estado mudar para garantir a missão da universidade e torná‑la mais acessível”, declarou Bernini.
Bernini destacou que a oferta de vagas foi ampliada de forma expressiva: “Em 2022 os lugares na lista classificatória eram 12 mil, hoje são 24.026. Nós os dobramos”. A ministra acrescentou que todos esses lugares serão ocupados até 28 de fevereiro de 2026: “Quero ser muito clara para quem se preocupa em ficar de fora: todos os lugares da lista serão preenchidos até essa data. Não haverá exclusões. Os 24.026 lugares serão preenchidos, ninguém ficará sem vaga. Não estão previstos estudantes que perdem o ano”.
Durante a sessão, Bernini também procurou tranquilizar sobre as eventuais contestações judiciais e críticas que emergiram após o anúncio das mudanças. “Rassicur o sull’infondatezza dei ricorsi e delle altre cose che sono state dette in questi giorni” — disse ela, ressaltando que as preocupações relatadas são infundadas e que medidas foram tomadas para proteger os direitos dos estudantes.
A ministra mencionou ainda aspectos práticos do novo modelo: os candidatos que se inscreveram pagaram uma taxa adiantada de 250 euros como antecipação das próprias propinas universitárias e tiveram acesso gratuito ao material de estudo disponibilizado para a seleção. A lista classificatória, baseada nos resultados, não apenas atribuirá vagas mas também servirá como instrumento de organização e distribuição das turmas.
O anúncio integra um pacote mais amplo de reformas do ensino superior que busca reduzir as barreiras de acesso e ampliar as oportunidades em cursos de alta demanda. Com a duplicação das vagas e a promessa de preenchimento integral até o prazo estipulado, o governo pretende responder às críticas sobre desigualdade no ingresso e aumentar a capacidade formadora do sistema universitário em áreas estratégicas para o país.
Especialistas e representantes estudantis acompanharão o desenrolar do processo até fevereiro de 2026 para verificar a efetividade das medidas e a resolução de eventuais impasses. Enquanto isso, a mensagem oficial do ministério é de garantia: a transição para as novas modalidades de ingresso será gerida de modo a evitar perdas acadêmicas e ampliar o acesso.



























