Considerado por gerações como o balé por excelência, Il Lago dei Cigni volta a encantar o público em uma apresentação especial de Natal no Teatro Regio de Turim. A obra mantém intacta sua força dramática, com o triângulo de personagens — o Príncipe Siegfried, a bela Odette e o sinistro mago Rothbart — e a ambivalência de Odile, que atravessam amor, feitiços e enganos.
Em dezembro, o palco do Teatro Regio recebe um dos marcos do repertório clássico: Il Lago dei Cigni, de Čajkovskij, numa luxuosa montagem do Balletto dell’Opera Nazionale di Riga. É a primeira vez que a companhia letã vem à Itália em turnê com essa produção, assinada pelo diretor artístico Aivars Leimanis.
A temporada traz dez apresentações, de 19 a 28 de dezembro, e fecha o ano do teatro após uma programação que incluiu a abertura com Caravaggio de Roberto Bolle e o retorno de Romeo e Giulietta de Prokof’ev. A montagem de Riga se destaca pela construção coreográfica límpida e por um projeto visual inspirado nos castelos bávaros de Ludwig II, criando uma atmosfera que mistura conto de fadas e drama romântico.
A proposta coreográfica privilegia a clareza do gesto e a poesia da linha, oferecendo um viagem visual de grande impacto. No palco, são 60 bailarinos que representam a tradição letã — uma escola que formou nomes como Barysnikov, Liepa e Gudonov. Essa herança se vê na precisão técnica e no lirismo das variações, fatores que tornam a versão russa-latina acessível e, ao mesmo tempo, rica em lirismo dramático.
Segundo entrevistas e reportagens sobre a produção, a montagem de Aivars Leimanis aposta numa leitura que equilibra respeito ao clássico e soluções cénicas contemporâneas. Cenários e figurinos remetem à estética dos palácios e ao clima onírico que envolve a história, enquanto a coreografia mantém a elegância e a continuidade do repertório tradicional.
Para o público que procura um espetáculo natalino que una tradição e espetáculo visual, a passagem do Balletto dell’Opera Nazionale di Riga pelo Teatro Regio apresenta uma oportunidade rara: ver um dos balés mais amados do mundo numa montagem que valoriza tanto a técnica quanto o impacto cênico. As dez recitas programadas prometem encerrar 2025 com uma celebração ao balé clássico.
Fonte: RaiNews
























