Brigitte Bardot: o mito do cinema que deixou um legado

A trajetória de Brigitte Bardot entre cinema, paixões e a escolha pela retirada

RESUMO

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Há iniciativas que têm valor por si só. Nesta segunda-feira, 29 de dezembro, em segunda-feira à noite, às 23h, a Rai3 exibe a primeira edição de «Grazie, Ezio!», evento que marca a estreia do Prêmio Bosso dedicado à divulgação musical. A transmissão será em simulcast pela Radio2 e pelo RaiPlay, permitindo que o tributo alcance públicos distintos nas plataformas de rádio e streaming.

A iniciativa tem como objetivo manter viva a memória de Ezio Bosso, músico, compositor e maestro que faleceu em 2020, aos 48 anos, vítima de uma doença neurodegenerativa que, nos últimos anos de sua vida, chegou a impedi-lo de tocar. Mais do que rememorar uma trajetória artística de excelência, o programa pretende destacar o papel de Bosso como exemplo de dedicação, paixão e transmissão de valores humanos por meio da música.

Bosso costumava repetir que «La musica è come la vita: si può fare in un solo modo: insieme» — frase que, em tradução livre, significa: “A música é como a vida: só pode ser feita de uma maneira: juntos”. Esse pensamento orientou sua atuação pública e educativa, transformando-o em um farol capaz de iluminar os aspectos mais nobres, e por vezes ocultos, do porquê se faz música: compartilhamento, troca, comunhão de objetivos e sentimentos.

O Prêmio Bosso e o programa «Grazie, Ezio!» querem reforçar essa mensagem: lembrar que a música não deve ser reduzida a um cenário sonoro de fundo, um simples gadget de consumo. Pelo contrário, a memória de Ezio Bosso surge como contraponto à crescente tendência de transformar a arte sonora em ambientação descartável, sem atenção ao processo criativo e ao valor comunitário da experiência musical.

Com curadoria e convidados que atravessam diferentes campos da produção e da educação musical, a transmissão promete mesclar depoimentos, trechos de apresentações e reflexões sobre o papel da divulgação musical na formação de públicos. Ao valorizar iniciativas que aproximam plateias e artistas, o prêmio busca não apenas homenagear um nome reconhecido, mas também estimular práticas que perpetuem a presença da música como elemento ativo na vida social e cultural.

Para o público, acompanhar o programa na noite de 29 de dezembro significa assistir a um tributo que se propõe a ser íntimo e coletivo ao mesmo tempo: íntimo porque remete à trajetória pessoal de um artista singular; coletivo porque reafirma a ideia de que a música se faz, mesmo, juntos.

Ao resgatar a figura de Ezio Bosso e sua constante defesa da comunhão na prática musical, «Grazie, Ezio!» reforça a urgência de políticas culturais e iniciativas que não só celebrem talentos, mas também invistam na circulação de conhecimento musical, na educação e na acessibilidade a apresentações ao vivo e a conteúdos formativos.