L’Aquila, 23 de dezembro de 2025 — O Tribunal para Menores de L’Aquila determinou que as crianças da família que vivia no bosque de Palmoli, província de Chieti, permaneçam acolhidas na casa família de Vasto, onde foram colocadas em 20 de novembro. Em despacho publicado nesta terça-feira, o juízo também ordenou uma investigação psico-diagnóstica sobre os pais.
Contexto: O caso envolve uma família que vivia de forma isolada em uma área florestal perto de Palmoli e veio à luz no final de novembro, quando as crianças foram retiradas temporariamente do convívio parental e encaminhadas para acolhimento em Vasto. Desde então, o episódio motivou a atuação conjunta do Tribunal para Menores, do serviço social e de equipes técnicas, que buscam apurar as condições de vida, a capacidade parental e eventuais riscos ao bem‑estar das crianças, enquanto medidas de proteção permanecem em vigor até a conclusão das perícias e das diligências judiciais.
Segundo a decisão judicial, o exame psicopatológico foi confiado à psiquiatra Simona Ceccoli, que terá 120 dias para elaborar a perícia solicitada pelo Tribunal; a avaliação deverá abranger entrevistas clínicas individuais com ambos os progenitores, levantamento do histórico psiquiátrico e médico, aplicação de testes psicométricos padronizados, observação comportamental e, quando pertinente, coleta de informações de terceiros (familiares, profissionais de saúde ou assistentes sociais) e análise de documentação relevante. O laudo terá por objetivo apurar a capacidade parental, identificar eventuais transtornos ou fatores de risco que possam influir na guarda e no cuidado das crianças, e poderá indicar recomendações técnicas — como necessidades de tratamento, acompanhamento terapêutico ou medidas de proteção — para subsidiar as decisões do juízo.
O despacho determina ainda prazos e procedimentos complementares: o serviço social responsável pelo caso deverá enviar ao juízo uma relatório de atualização sobre os intervenções realizadas até o dia 30 de janeiro. As partes envolvidas poderão apresentar memórias e documentos até o dia 15 de fevereiro, prazo concedido para eventual manifestação processual.
A medida reforça a decisão inicial de afastamento temporário das crianças do convívio com os pais, adotada no final de novembro, quando foram encaminhadas para acolhimento em Vasto. O Tribunal de Menores agiu com base na necessidade de garantir a proteção e o bem-estar infantojuvenil enquanto se apuram as condições familiares.
Especialistas jurídicos ouvidos por analistas do caso destacam que a realização de perícias psicodiagnósticas em processos envolvendo menores é procedimento comum quando existem dúvidas relevantes sobre a capacidade parental. A previsão de prazo de 120 dias para a entrega da perícia busca conciliar a necessidade de uma avaliação técnica aprofundada com a urgência de decisões sobre o futuro das crianças.
Até a conclusão da investigação, o Tribunal manteve as medidas protetivas que asseguram o acolhimento das crianças na casa família. A cidade de Vasto continuará a ser o local de permanência enquanto prosseguem as diligências judiciais e técnicas previstas no processo.
O caso, que teve ampla repercussão regional, segue sob acompanhamento do juízo competente, que poderá adotar novas medidas de proteção ou definir encaminhamentos judiciais com base no laudo psicodiagnóstico e nas informações atualizadas pelo serviço social.































