Chega ao fim o Giubileo 2025 dedicado por Papa Francisco à esperança. Entre o Natal e a Epifania serão fechadas as Portas Santas das basílicas papais que, ao longo de doze meses, foram atravessadas por numerosos peregrinos de todo o mundo.
O primeiro fechamento ocorrerá amanhã, às 18h, na Basílica de Santa Maria Maior. No dia 27 de dezembro será a vez da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão (às 11h), em cerimônia presidida pelo vigário de Roma, o cardeal Baldo Reina. A Porta Santa de São Paulo Fora dos Muros será fechada no dia 28 de dezembro pelo cardeal James Harvey.
Por fim, no dia 6 de janeiro o Papa encerrará a Porta Santa da Basílica de São Pedro, que o pontífice havia aberto na noite da véspera de Natal do ano anterior.
Em Assis, o Custódio do Sagrado Convento, frei Marco Moroni, lembra que “o Natal nos recorda que o Senhor vem para nos doar a paz e a sua luz, para iluminar as trevas do mundo”. Em mensagem publicada pelos canais sociais da Basílica de São Francisco, Moroni destaca que “em um momento histórico marcado por guerras e crises de várias naturezas, a mensagem do Natal ressoa com força: acolher a luz do Senhor e deixá-la brilhar em nossas vidas”.
A comunidade franciscana, que se prepara para o oitavo centenário da morte de São Francisco em 2026, mantém a tradição de iluminar a Basílica com projeções sugestivas. Na praça inferior, um grande presépio e uma árvore majestosa recebem os visitantes. “Todos são esperados em Assisi para viver o Natal por meio de celebrações, momentos de companhia e partilha”, acrescentou frei Marco.
A programação televisiva também acompanha as celebrações. A partir desta noite, a missa de Natal será transmitida ao vivo pela Rai 1 da Praça de São Pedro, seguida de uma programação especial durante o dia 25 de dezembro. A emissora acompanha as festividades com orquestra e a cantora Noemi na Basílica de Assisi, apresentando cantos tradicionais e uma mensagem de paz, serenidade e fraternidade. A grade inclui ainda filmes natalinos para a família e o retorno de Alberto Angela com uma viagem a Turim.
Também são destacados apelos sociais neste período: em Bolonha, foi recebida uma carta afetuosa de alguns detentos dirigida ao presidente da República, Sergio Mattarella, que revela confiança no chefe de Estado e clama por atenção. Segundo o relato de representantes locais, a casa prisional, com capacidade para cerca de 500 vagas, abriga hoje 850 pessoas. Há falta de agentes da Polícia Penitenciária, educadores e pessoal médico. A emergência psiquiátrica é grave, com tentativas de suicídio e atos de autolesão frequentes; o sistema prisional, que deveria reabilitar, corre o risco de ensinar apenas o crime, com taxa de reincidência superior a 70%.
O cenário reportado levou autoridades e representantes a pedir um reforço concreto e urgente aos poderes públicos: um novo e forte apelo do presidente às Câmaras é considerado mais necessário do que nunca diante da crise mais grave da história republicana no sistema penitenciário.































