A Corte de Apelação de L’Aquila rejeitou ontem o recurso apresentado pelos advogados da chamada “família no bosque”, mantendo as decisões que determinaram o afastamento dos menores do lar. Na sentença, os magistrados reconhecem os “apreciáveis esforços de colaboração” realizados pelos pais após a medida de proteção, mas sublinham a necessidade de superar um “muro de desconfiança” anteriormente erguido contra as intervenções e as ofertas de apoio social e sanitário.
Segundo o acórdão, a Corte confirma integralmente “todas as criticidades” apontadas pela ordem do Tribunal de Menores, reafirmando que existem “graves riscos para a saúde física e psíquica das crianças“, bem como perigos à sua saúde e ao desenvolvimento harmonioso de sua personalidade. A decisão reforça, portanto, a avaliação anterior das autoridades de proteção à infância, que consideraram imprescindível a intervenção para resguardar o bem-estar dos menores.
Embora o tribunal reconheça sinais de abertura e colaboração por parte dos progenitores desde o afastamento das crianças, a corte enfatiza que tais esforços ainda não foram suficientes para eliminar as preocupações apontadas pelos serviços sociais e pelo magistrado de primeira instância. O pronunciamento judicial expressa a esperança de que haja um “definitivo superamento do muro de desconfiança” e que os pais aceitem integralmente as medidas de suporte que lhes foram oferecidas.
O teor da sentença aponta para uma dupla preocupação: por um lado, a proteção imediata dos menores frente a condições consideradas prejudiciais; por outro, a necessidade de um trabalho interdisciplinar e continuado que promova a reintegração das crianças em um ambiente seguro, caso os pais demonstrem mudanças concretas e sustentadas. A Corte reafirma, ainda, que qualquer revisão das medidas dependerá da verificação objetiva do objetivo de tutela e do real cumprimento das propostas de apoio.
Especialistas em direito da infância e representantes dos serviços sociais consultados por veículos de imprensa locais interpretam a decisão como um sinal de que o Judiciário busca conciliar a proteção dos menores com estímulos à cooperação familiar, sempre priorizando o interesse superior da criança. O acórdão deve, agora, orientar os próximos passos das equipes técnicas que acompanham o caso, bem como eventuais novas iniciativas de apoio aos pais.































