França prende tripulante letão após encontrar malware no ferry GNV ‘Fantastic’ em Sète
As autoridades francesas abriram investigação sobre uma possível ingerência estrangeira após a detecção de um malware a bordo de um traghetto da companhia italiana GNV. Segundo relatório do jornal Le Parisien, as apurações avaliam “um possível vínculo com a Rússia”, enquanto um membro da tripulação de nacionalidade lettone foi detido no porto de Sète.
O software malicioso foi identificado na embarcação de passageiros “Fantastic”, que tem capacidade para mais de 2.000 passageiros, enquanto o navio encontrava-se atracado no porto francês. Autoridades italianas alertaram que o sistema operacional da embarcação poderia ter sido infectado por um Remote Access Trojan, um tipo de programa que permite o controle remoto dos sistemas comprometidos.
Fontes oficiais indicam que a detenção do tripulante letão ocorreu no âmbito das investigações sobre a origem e a finalidade do ataque cibernético. Embora as apurações ainda estejam em andamento, a hipótese de uma interferência externa motivou o envolvimento de autoridades francesas e italianas, que cooperam para analisar os vestígios digitais e traçar a cadeia de eventos.
O que se sabe até agora
- O incidente ocorreu quando o ferry Fantastic estava atracado no porto de Sète.
- O malware identificado pertence à categoria de Remote Access Trojan, capaz de controlar remotamente sistemas operacionais.
- Um tripulante de nacionalidade lettone foi detido pelas autoridades francesas, sob suspeita de envolvimento com o episódio.
- Há avaliação em curso sobre um possível “ligação com a Rússia”, conforme reportagem do Le Parisien.
Impacto e contexto
O episódio reforça preocupações crescentes sobre segurança digital no setor marítimo. Navios de grande porte, como ferries e cargueiros, dependem cada vez mais de sistemas informatizados para navegação, comunicação e operação logística, o que os torna alvos potenciais para ataques cibernéticos. A identificação de um Remote Access Trojan em um navio com capacidade para mais de 2.000 passageiros evidencia os riscos operacionais e de segurança que uma intrusão desse tipo pode causar.
Autoridades italianas e francesas seguem com a investigação para determinar como o software malicioso foi introduzido no sistema do navio, se houve intenção de causar danos ou apenas espionagem, e se existem conexões com atores estatais ou grupos criminosos organizados.
Próximos passos
As autoridades deverão analisar registros de acesso, dispositivos conectados à rede interna do navio e sistemas de bordo para remontar o trajeto do ataque. Especialistas em cibersegurança marítima provavelmente serão acionados para realizar perícia técnica, contendo a ameaça e propondo medidas de mitigação para evitar recorrências.
Enquanto as investigações seguem, a detenção do tripulante lettone marca um passo inicial na apuração. A cooperação internacional entre França e Itália será fundamental para esclarecer responsabilidades e ampliar a proteção cibernética no transporte marítimo.
Fonte: RaiNews – Notícia original





























