O mundo prepara-se para saudar a chegada de Ano Novo 2026 seguindo um mapa de fusos e linhas de data que define a cadência das celebrações. A contagem regressiva começa, como de costume, no extremo oriental habitado do planeta: o atolo de Kiritimati, também conhecido como Ilha Christmas, nas Line Islands (Sporadi Equatoriali), pertencente às Kiribati.
Descoberta pelo capitão James Cook em 25 de dezembro de 1777 — daí a alcunha Christmas Island —, Kiritimati marca a abertura oficial das celebrações de ano novo no Pacífico central. A meia-noite local ali corresponde às 11h do dia 31 de dezembro na Itália, devido ao fuso horário UTC+14 adotado por parte do arquipélago.
Quatro horas depois da virada em Kiritimati, será a vez de Sydney erguer taças e lançar seus famosos fogos de artifício: a metrópole australiana, autoproclamada há anos “capital mundial do Réveillon”, atrai atenção internacional com espetáculos pirotécnicos e eventos nas margens da baía.
O traçado da Linha Internacional de Data (International Date Line) não segue estritamente o meridiano de 180º; ele serpenteia ao longo do Pacífico, com desvios importantes. Desde 1995, uma alteração no alinhamento permitiu que ilhas como as das Kiribati adotassem fusos horários mais avançados, incorporando territórios a leste da linha e criando horários extremos como o UTC+14. Essa configuração faz com que algumas ilhas celebrem a virada muito antes de grandes centros urbanos ocidentais.
Voando cerca de 2.500 quilômetros em direção sudoeste a partir de Kiritimati, encontram-se as ilhas da Samoa Americana, que costumam ser entre as últimas áreas habitadas a festejar o novo ano no globo, encerrando a sequência mundial de celebrações. Entre o primeiro clarão de fogos em Kiritimati e os últimos cumprimentos em Samoa Americana, milhões de pessoas espalhadas por dezenas de fusos horários marcam a passagem de 2025 para 2026 com rituais locais, shows e encontros familiares.
Enquanto isso, grandes metrópoles como Sydney, Nova York, Tóquio e Londres concentram transmissões e eventos para audiências globais, transformando a virada de ano em um espetáculo sincronizado que percorre continentes. A movimentação da Linha Internacional de Data e as diferenças de fuso mantêm o caráter escalonado e multicultural das celebrações, permitindo que a imprensa e plataformas digitais acompanhem, em tempo real, as várias fases do Réveillon ao redor do planeta.
Independentemente do fuso, a virada para 2026 reúne tradições locais e grandes espetáculos urbanos, lembrando que, apesar das diferenças horárias, milhões de pessoas compartilham o mesmo gesto simbólico: brindar a chegada de um novo ano.






























