O presidente da República, Sergio Mattarella, dirigirá aos italianos a tradicional mensagem de fim de ano às 20h30, em emissões unificadas, com um tom marcado pelo apelo ao senso cívico e pela valorização do papel das novas gerações. Serão cerca de 15 minutos de discurso, em pé, no estúdio “alla Vetrata” do Quirinale, com o tricolore e as doze estrelas da União Europeia ao fundo.
Segundo antecipações, o conteúdo terá pouca política no sentido estrito — isto é, poucas referências à atualidade interna e externa — e privilegiará um balanço do ano que termina, combinando recuerdo histórico e orientações para 2026. Apesar da reafirmação da necessidade da paz, o presidente evitará um exame aprofundado de dossiers internacionais, temas que já foram tratados em discursos recentes aos embaixadores e às altas cariche dello Stato.
O objetivo do seu tom contido e do vocabulário direto será lembrar princípios e valores constitucionais e oferecer uma referência estável para uma sociedade muitas vezes inquieta diante de conflitos e incertezas. Em particular, Mattarella deverá sublinhar a proximidade do 80º aniversário da escolha repubblicana de 2 de junho de 1946, marco que convida a uma recuperação da memória cívica e à valorização das raízes da Constituição.
Um dos núcleos centrais da mensagem será o apelo aos jovens: o presidente pedirá que tomem em mãos as próprias sorti e, por extensão, as do país, exercendo participação cívica e política “de baixo” em vez de se isolarem. Mattarella voltará a alertar para os riscos da desafeição política e da abstinência nas urnas, fenômenos que ele tem assinalado com preocupação frente à queda nas percentagens de votantes, definindo a abstenção como um sério vulnus para a democracia.
Além disso, espera-se que sejam enfatizados temas como a coesão social e o compromisso cotidiano dos cidadãos para garantir a tenuta da sociedade: pequenas responsabilidades individuais que, somadas, preservam o bem comune. O presidente pretende, assim, não só traçar um bilancio do ano que passou, mas oferecer aos italianos uma “cornice” de valori e di scelte da qual partir para o próximo ano.
Ao contrário de um discurso partigiano, a mensagem de fim de ano representa a voce dell’istituzione: serve a stimolare l’unità nazionale, a cercare coesione e a ricordare l’importanza del ruolo di ciascuno nella democrazia. Por isso, o tom escolhido será pacato, con riflessioni capaci di fungere da bussola in un periodo segnato da incertezze internazionali e interne.
Os italianos, entre jantares de réveillon e brindes com espumante, ouvirão então uma convocação al rinnovamento civico, con un invito concreto ai giovani ad agire e a non ritrarsi: un richiamo a non dare per scontata la scelta repubblicana e a coltivare giorno dopo giorno i valori che l’hanno generata.































