Um trágico acidente envolvendo um helicóptero de resgate matou cinco pessoas no Monte Kilimanjaro, na Tanzania, na noite de quarta-feira. A aeronave caiu enquanto participava de uma missão de socorro para auxiliar turistas em dificuldades numa das rotas de subida mais frequentadas da montanha.
Segundo as autoridades locais, entre as vítimas estão dois estrangeiros que haviam sido localizados durante as operações de resgate, um médico local que integrava a equipe, uma guia de montanha e o piloto da aeronave. Todos morreram no local do acidente, ocorrido entre o Campo Barafu e o cume do Kibo, a uma altitude superior a 4.000 metros.
O comandante da polícia regional do Kilimanjaro, Simon Maigwa, informou que o aparelho era de propriedade da empresa Kilimanjaro Aviation, conhecida por prestar, entre outros serviços, atendimento médico e operações de retirada de alpinistas em emergência. As autoridades da Aviação Civil da Tanzânia iniciaram investigações para “determinar as circunstâncias e a provável causa” do acidente.
O acidente ocorreu em uma área onde as condições meteorológicas e a altitude extrema aumentam os riscos de operações aéreas e de salvamento. Fontes oficiais destacam que missões de resgate nestas altitudes exigem equipamentos e protocolos específicos, e que uma investigação detalhada é necessária para estabelecer se fatores técnicos, humanos ou climáticos contribuíram para a queda.
Incidentes aéreos no Kilimanjaro são raros, mas já houve episódios fatais anteriormente. O caso mais recente antes deste remonta a novembro de 2008, quando um acidente similar provocou a morte de quatro pessoas. Desde então, as autoridades e operadoras locais afirmam ter reforçado procedimentos de segurança, embora a topografia e o clima continuem representando desafios significativos.
Representantes do setor de turismo e de guias de montanha expressaram consternação e lamentaram a perda de vidas humanas. Operadores locais ressaltam a importância de padrões rígidos de segurança e de coordenação entre companhias aéreas, serviços de resgate e autoridades de aviação para minimizar riscos em rotas de escalada muito frequentadas.
A investigação conduzida pela Aviação Civil da Tanzânia deverá revelar em que condições a aeronave se encontrava, se houve falha técnica, erro operacional, problemas meteorológicos ou uma combinação desses fatores. Autoridades não divulgaram, até o momento, os nomes das vítimas estrangeiras nem detalhes adicionais sobre o progresso das apurações.
As equipes de resgate e as autoridades locais seguem mobilizadas para prestar apoio às famílias das vítimas e para garantir que as operações no local sejam conduzidas com segurança. O episódio reacende o debate sobre os riscos associados ao turismo de altitude e a necessidade contínua de medidas preventivas para proteger visitantes e profissionais que atuam em áreas remotas.
Fonte: Rainews






























