Plantas símbolo do Natal: do Azevinho ao Abeto, origem e significado

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As festas de fim de ano são marcadas por tradições que unem símbolos naturais e significados antigos. Entre as mais conhecidas estão a Estrela-de-Natal, o Azevinho e o Abeto, plantas que acompanham celebrações e decorações em várias partes do mundo. A seguir, a história e o simbolismo de cada uma dessas espécies, conforme relata matéria especial da ANSA.

O Azevinho (Ilex aquifolium) é imediatamente reconhecível por suas folhas espinhosas e bacas vermelhas. Tradicionalmente associado à proteção, paz e fertilidade, o Azevinho também foi considerado capaz de afastar espíritos malignos nas práticas populares europeias. Sua presença em guirlandas e arranjos natalinos remete a antigas crenças de preservação e defesa do lar.

Outra planta carregada de simbolismo é o Visco (Viscum album), que ao longo dos séculos conquistou a fama de amuleto da sorte, sobretudo no amor. A tradição do beijo sob o visco — ainda viva em muitas culturas — transformou a planta num emblema de romance e conciliação durante as festas.

O Rusco (Ruscus aculeatus), conhecido por suas folhas perenes e bacas igualmente vermelhas, simboliza vitalidade e resistência ao frio. Em regiões onde as temperaturas caem, o rusco passou a representar a continuidade da vida diante das adversidades do inverno.

A vibrante Estrela-de-Natal (Euphorbia pulcherrima), com suas brácteas vermelhas que lembram as cores natalinas, é frequentemente ligada à ideia de nascimento. Sua presença nos lares durante dezembro tornou-se um ícone visual das celebrações.

O Zimbro ou Ginepro (espécies do gênero Juniperus) e outras plantas perenes também estão entre os elementos tradicionais do período invernal. Sempreverdes, elas simbolizam constância e renovação.

Por fim, o protagonista das decorações domésticas: o Abeto — o chamado árvore de Natal — que tem origem e significado profundos. Como planta sempreverde, o abeto é visto como símbolo cristão de vida eterna. Lendas remontam sua linhagem ao mítico Árvore da Vida do Éden, e práticas pagãs antigas integravam ramos e troncos queimados em celebrações do solstício, rituais que foram reinterpretados e incorporados às tradições natalinas.

Essas e outras histórias sobre a relação entre plantas e festividades são contadas no documentário inédito “Simboli naturali del Natale“, que reúne relatos de origens antigas, costumes recentes e curiosidades de espécies que, algumas por acaso, tornaram-se símbolos desta época. O especial foi exibido no canal Focus em 23 de dezembro em horário nobre.

Seja pelo valor estético, seja pelo simbolismo ancestral, as plantas do Natal continuam a ocupar lugar de destaque nas celebrações contemporâneas, reforçando laços culturais e lembrando o significado de renovação, proteção e afeto.

Fonte: ANSA — Le piante simbolo del Natale, dall’agrifoglio all’Abete