A Suprema Corte da Itália (Corte di Cassazione) marcou para 13 de janeiro de 2026, às 10h, uma audiência histórica em Roma. Na Aula Magna da Corte, as Seções Unidas instância máxima da Justiça civil italiana vão analisar dois processos que podem alterar o reconhecimento da cidadania italiana por descendência (iure sanguinis).
O julgamento discutirá, entre outros pontos, a retroatividade da Lei nº 74/2025, que impôs novos limites ao reconhecimento da cidadania para descendentes de italianos, e a perda automática da cidadania de menores quando os pais se naturalizam estrangeiros, conforme o artigo 12.2 da Lei nº 555/1912. A decisão poderá ter impacto nacional, servindo de referência para tribunais, o Ministério do Interior e políticas públicas relacionadas à cidadania italiana.
Se a Corte decidir que a lei não pode retroagir, muitos pedidos já reconhecidos podem manter sua cidadania. Por outro lado, se a retroatividade for aceita, alguns processos podem ser revistos. Além disso, a decisão definirá regras claras sobre a validação de casos futuros, garantindo mais segurança jurídica para todos.
A decisão da Corte di Cassazione não é apenas para os processos analisados, mas pode influenciar toda a política de cidadania italiana, guiando tribunais, o Ministério do Interior e até o Parlamento.