ISTAT 2024: Quase 40% dos Novos Italianos Moram Fora da Itália
Em 2024, mais de um terço dos novos italianos vivem no exterior, refletindo o aumento do reconhecimento da cidadania por descendência e desafios no processo.
RESUMO
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Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística da Itália (ISTAT) mostram que, em 2024, uma parcela significativa dos novos cidadãos italianos reside fora do país. Entre os 340.297 estrangeiros que adquiriram a cidadania italiana, 126.299 (aproximadamente 37%) vivem no exterior, principalmente na América do Sul.
Cidadania por descendência é principal via
O aumento no número de novas cidadanias está diretamente ligado ao reconhecimento por descendência — a chamada “lei do sangue” (jus sanguinis). O Brasil e a Argentina concentram a maior parte dos pedidos realizados no exterior, com 60,8% e 22,3% respectivamente. Esses países receberam grandes ondas migratórias italianas entre os séculos XIX e XX, o que explica o interesse pelo reconhecimento da cidadania.
Desafios e limitações legais
Em 2025, o Decreto Legislativo 36/2025 passará a limitar o reconhecimento automático da cidadania, estabelecendo um teto máximo para as concessões. Apesar disso, muitos processos iniciados antes do prazo continuam sendo avaliados, provocando uma demanda alta nos consulados, municípios e tribunais italianos. O acúmulo de processos já gerou filas e audiências marcadas para até 2027 em algumas regiões.
Perfil dos novos cidadãos no exterior
Além dos adultos, 9.416 menores também adquiriram a cidadania em 2024. Muitos desses cidadãos optam por residir em grandes cidades estrangeiras, como Nova York, motivados por oportunidades de estudo, trabalho e residência. Destaca-se ainda a presença significativa de mulheres, que representam 67% dos novos residentes italianos na cidade.
Crescimento da cidadania dentro da Itália
No território italiano, o aumento também é expressivo: em 2024, 213.998 pessoas adquiriram a cidadania, um crescimento de 68% em comparação a 2019. A grande maioria segue o caminho da descendência para garantir o direito à nacionalidade.
O interesse pela cidadania italiana permanece elevado, sobretudo entre descendentes residentes no exterior. O principal desafio das autoridades italianas será aumentar a capacidade de processamento dos pedidos para atender a demanda crescente de forma eficaz e justa.
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É impressionante ver como a cidadania italiana ainda conecta tantas pessoas ao redor do mundo às suas raízes, especialmente na América do Sul. A limitação legal em 2025 pode complicar, mas acredito que isso também trará melhorias nos processos.