A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni reafirmou sua decisão de aumentar os gastos militares para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo dos próximos dez anos, conforme o acordo firmado na recente cúpula da OTAN em Haia. Apesar das críticas internas, principalmente do partido Liga e do ex-aliado Matteo Salvini, Meloni garante que o pacto é “sustentável” e reforça que a Itália seguirá o mesmo caminho que outras nações europeias, incluindo a Espanha.
Em entrevista coletiva, Meloni defendeu o compromisso:
“Aceitamos o pacto aprovado na OTAN porque é um esforço coletivo, assim como todos os outros países, inclusive a Espanha.”
Por outro lado, a primeira-ministra destacou a necessidade de medidas compensatórias para a economia italiana, especialmente no que diz respeito aos impostos. Durante um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram discutidos temas estratégicos, entre eles a manutenção de tarifas de 10% e uma “trégua em Gaza”, apontando para uma aproximação diplomática.
Meloni explicou que o acordo de Defesa inclui um mecanismo de “troca” que prevê descontos nas tarifas comerciais, buscando assim equilibrar os impactos econômicos do aumento dos gastos militares:
“Um acordo em troca de um desconto nas tarifas. É uma troca que visa proteger a competitividade da Itália no mercado internacional.”
Rejeitando as críticas feitas por Salvini, que questionou o compromisso assumido, Meloni ressaltou que o pacto é uma decisão responsável e alinhada com os interesses nacionais:
“As críticas da Liga não refletem a realidade. Nosso compromisso com a defesa é claro e é acompanhado por medidas para garantir a sustentabilidade econômica do país.”
O anúncio reforça a postura de Meloni em buscar um equilíbrio entre fortalecer a defesa nacional e proteger a economia italiana, enquanto enfrenta pressões políticas internas e externas.