O governo dos Estados Unidos fez um apelo à China para que utilize sua influência sobre o Irã e impeça qualquer tentativa do país de fechar o Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo para o transporte de petróleo. Autoridades americanas qualificaram essa ação como “outro erro terrível” que teria consequências graves para a estabilidade regional e o mercado global de energia.
Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito, segundo mídia local
A pressão internacional ocorre após informações divulgadas pela mídia iraniana indicarem que o Parlamento do Irã aprovou medidas para fechar o Estreito de Ormuz, uma passagem marítima fundamental que conecta o Golfo Pérsico ao Mar da Arábia. Essa decisão é vista como uma resposta direta às recentes sanções e ações militares dos Estados Unidos contra o regime iraniano.
Ataque dos EUA encurrala aiatolás e põe regime em xeque, afirma especialista
Para o analista Américo Martins, o ataque dos EUA tem encurralado os aiatolás e colocado o regime do Irã em uma posição delicada, obrigando os líderes iranianos a considerar ações mais agressivas para afirmar sua força. “O fechamento do Estreito seria um gesto simbólico, porém de alto risco, que pode desestabilizar ainda mais a região”, destaca Martins.
Guarda Revolucionária do Irã alerta para “profundo pesar” em caso de resposta aos EUA
Em comunicado, a Guarda Revolucionária do Irã advertiu que uma resposta às ações dos Estados Unidos pode causar “profundo pesar”, insinuando retaliações severas caso o governo americano prossiga com medidas militares ou econômicas contra o país. O discurso reflete a escalada da tensão e o risco crescente de um confronto direto entre as duas potências.
Impactos e desdobramentos
O Estreito de Ormuz é responsável por cerca de 20% do petróleo mundial transportado por via marítima. Um bloqueio nesta região afetaria diretamente os preços internacionais do petróleo, além de impactar a segurança energética global. A comunidade internacional, incluindo aliados dos EUA e parceiros da China, acompanha com atenção os desdobramentos deste cenário de crise.