Se você está pensando em comprar um imóvel na Itália, já deve estar empolgado com a ideia de conquistar o seu cantinho nesse país maravilhoso. Mas, antes de dar o próximo passo, é importante entender que, além do valor de compra, existem algumas despesas extras que você vai precisar considerar. Não se preocupe, vou te explicar tudo direitinho para que você não seja pego de surpresa.
1. Notaio (Notário)
O “notaio” é uma figura essencial no processo de compra de um imóvel na Itália. Ele é o responsável por formalizar a transação, garantindo que tudo seja feito de acordo com a lei italiana. Os custos com o notaio variam conforme o valor do imóvel, mas você pode esperar pagar entre 1% a 2% do preço de compra.
Além disso, o trabalho do notaio inclui a redação do contrato de compra e venda, verificação dos documentos e do histórico do imóvel, e a formalização do registro na escritura pública. Pode ser uma despesa considerável, mas lembre-se que ele está ali para proteger seus interesses.
2. Impostos de Compra (Imposta di Registro)
Assim como acontece no Brasil, ao comprar um imóvel na Itália, você terá que pagar alguns impostos. O imposto de registro (Imposta di Registro) é um dos mais relevantes e pode variar dependendo do tipo de imóvel e do seu status de comprador (se é uma residência principal ou secundária, por exemplo).
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Se você está comprando a residência principal, o imposto será de 2% sobre o valor de compra do imóvel (declarado no contrato).
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Se for uma segunda residência, o imposto aumenta para 9%.
Além disso, há também impostos adicionais que podem ser cobrados, como o imposto de valor agregado (IVA) em casos de imóveis novos, que pode ser de 4% para a residência principal ou 10% para imóveis não residenciais.
3. Registro do Imóvel (Registro Catastale e Registro Immobiliare)
Após a compra do imóvel, o próximo passo é registrar a propriedade no Registro de Propriedades (Registro Immobiliare), o que vai garantir que o imóvel esteja oficialmente no seu nome. Esse registro também envolve uma taxa, que gira em torno de 0,5% a 1% do valor de compra do imóvel.
Além disso, também é necessário fazer o registro catastral (Registro Catastale), que serve para atualizar a base de dados dos imóveis no país e tem um custo que pode variar dependendo da região e do valor do imóvel.
4. Taxas de Agência e Consultoria
Se você optar por utilizar os serviços de um corretor de imóveis ou de uma consultoria para te ajudar na compra, é importante saber que essas taxas também entram na conta. A comissão do corretor costuma ser de 3% a 5% do valor de compra do imóvel, embora isso possa variar dependendo do tipo de contrato e das negociações.
5. Outras Despesas (Seguro, Manutenção, etc.)
Além dessas despesas iniciais, você deve se lembrar de que existem outros custos que fazem parte da manutenção do imóvel. Um deles é o seguro do imóvel, que é uma forma de garantir a proteção contra danos ou imprevistos. Também é necessário pagar as despesas com água, gás e eletricidade, bem como as taxas municipais (como a taxa de lixo e outras taxas administrativas).
Dica Importante: Planeje-se!
Ao planejar a compra de um imóvel na Itália, é fundamental que você leve em consideração todas essas despesas extras. Elas podem não ser pequenas, mas, com um bom planejamento, você pode evitar surpresas e garantir que tudo aconteça da maneira mais tranquila possível.
Lembre-se: o processo de compra de imóvel na Itália pode ser muito gratificante, mas a parte burocrática e os custos extras fazem parte do jogo. Certifique-se de contar com profissionais qualificados para te auxiliar e de que você tem um orçamento bem definido para não ter problemas no futuro.
Agora que você já sabe o que esperar, fica mais fácil se planejar e realizar o sonho da casa própria na Itália, sem perder de vista as despesas que fazem parte desse processo. Boa sorte na sua jornada!